segunda-feira, 24 de outubro de 2011

Mamas don't let your babies grow up to be cowboys



Há muito uma musica não me fazia chorar. Karen O (yeah, yeah, yeahs) interpretando um clássico de Willie Nelson.

"Mães, não deixem seus filhos crescerem e se tornarem cowboys.
 Eles nunca ficam em casa e estão sempre sozinhos.
Mesmo com quem eles amam."

quinta-feira, 20 de outubro de 2011

Assim, despido;

(...) e, se quisesse, teria motivos de sobra pra pegar no seu pezinho, não que eu fosse ingênuo a ponto de lhe exigir coerência, não esperava isso dela, nem arrotava nunca isso de mim, tolos ou safados é que apregoam servir a um único senhor, afinal, bestas paridas de um mesmíssimo ventre imundo, éramos todos portadores das mais escrotas contradições, mas, fosse o caso de alguém se exibir só como pudico, admitisse nessa exibição, logo de partida, a sua falta de pudor, a verdade é que me enchiam o saco essas disputas todas entre filhos arrependidos da pequena burguesia, competindo ingenuamente em generosidade com a maciez de suas botas, extraindo deste cotejo uns fumos de virtude libertária, (...)

- Raduan Nassar, "Um Copo de Cólera".
Audrey Hepburn, por Yousuf Karsh


De novo, sim.

quarta-feira, 19 de outubro de 2011

sábado, 15 de outubro de 2011

Pássaros que voam solitários sobre o campo de lírios

O café e os cigarros estão lá, quando ninguém mais está. Boas companhias, mas que cobram o alto preço do vício e da culpa sem chance de redenção. Quem me dera a prescrição médica necessária para comprimidos que anestesiem o coração. Mas mesmo minha entrada no mercado negro de afetividades ilícitas, onde poderia encontrar tais drogas, está condicionada a teu perdão. Então postulo teorias malignas neste inferno particular, mas isso é apenas uma forma de me livrar delas, para que reste em meu coração apenas a ternura de dias deixados para trás, de cafés que não tiravam o sono e cigarros que não deixavam um gosto tão ruim na boca. Dias em que até rimos desses vícios sem sentido, dessas estradas sem rumos e das noites sem fim. Dias de ritmo, que é também beleza. Mas também dos espelhos sem reflexos. E da vontade cruel de deixar tudo pra trás, não sem antes deixar no ar o curto rastro de nosso voo, como uma linha de fumaça negra descrevendo uma parábola dentro da qual os mais espertos dentre os nossos lerão aquela tal palavra. 
Colhamos logo estes lírios.

terça-feira, 11 de outubro de 2011

Cores


Amarelo-manga
Azul-safira
Vermelho-violeta
Rosa púrpura
Toda cor é um estado de espírito
Mas, quando te encontrar,
Será vestido em preto e branco
E me farei tela
Para o quadro que quiseres
Tabula rasa para seus desejos.

Miss Celie's Blues



Cena do Filme "A cor Púrpura" (1985, Spielberg)

sábado, 1 de outubro de 2011

Sangria

Eu realmente pensei que seria muito pior
ter suas unhas cravadas em meu peito, mas,
eu deveria ter desconfiado:
o pior só veio quando a última unha saiu...

Deixa eu bagunçar você

Durmo na esperança de sonhar contigo Acordo somente pro desejo de te encontrar Menos que obsessivo, meu amor por você é abrigo ...