quinta-feira, 16 de dezembro de 2010

Index Res Prohibitorum

Minha pequena coleção de objetos vivos:
Um armário que uiva durante a noite;
Uma gaveta cheia de memórias;
Um cinzeiro que me repreende
(porque fumo demais);
Uma cama cheia de dores na coluna
(pois que não saio de cima dela);
Uma gaita que chora notas tristes;
Minhas chaves que se escondem;
Livros que são mais que bons amigos;
Cartas que escrevi, não mandei e não param de falar,
Declamando e repetindo seu conteúdo
“ela teria gostado de receber isso”, me dizem.
E falam, falam, falam.
Retratos que me observam, e, acima de tudo,
Um telefone o tempo inteiro mudo, mudo, mudo.
Está tudo quase certo: Semana que vem, me mudo.

2 comentários:

Natalie disse...

Sua poesia é sempre triunfal. É sempre extasiante. Meus Deus, como é difícil tentar dizer sem ser clichê!!!!

Natalie disse...

Sua poesia é sempre triunfal. É sempre extasiante. Meus Deus, como é difícil tentar dizer sem ser clichê!!!!

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