sexta-feira, 18 de novembro de 2011

segunda-feira, 14 de novembro de 2011

Into the Black



Estonteante. Vejam, por favor. Senão pela música, pelo público.
Neil Young. "Hey Hey, My, My";
Rock'n'roll não pode morrer jamais.
O Rei está morto, mas não foi esquecido.

sábado, 12 de novembro de 2011

O fundo

The face of the painter - Marlene Dumas


“Se eu te deixo, você me faria destruir a mim mesmo.
De modo que para sobreviver a você, eu devo primeiro sobreviver a mim.
Não posso afundar mais, e eu não posso te perdoar.
Não escolha senão te confrontar, te acoplar, te apagar.
Eu estive por longas distâncias para expandir minha fortaleza de dor.
Usarei meus enganos contra você, não há outra escolha.
Não tenho vergonha agora, não tenho nome agora, sou nada agora, sou ninguém agora;
Mas minha alma deverá ser ferro pois meu medo está despido,
Eu estou despido e destemido
E meu medo está despido”.

"Bottom" - Tool

sexta-feira, 11 de novembro de 2011

Questão de tempo

Há uma hora para se encontrar, e uma hora para se perder. E a loucura também começa a bater à minha porta.

E chega aquela hora em que a porta está aberta a sua frente, e você sabe que se atravessá-la, ela se fechará atrás de ti, e aí já era, ela vai se fechar de uma vez por todas. Nem sempre é assim, a maioria das vezes ela se fecha só por um tempo, e torna a abrir, e tudo que você tem a fazer é estar lá na hora certa... 
Mas não é sempre que é assim. E quando penso nisso eu lembro daquela guria que me perguntava se eu ia continuar a encontrá-la depois que ela estivesse casada e com filhos, se ainda seria seu amante, e eu sorria e dizia que sim, não porque acreditasse nisso, mas porque me sentia mais feliz em fazê-lo, ela via a porta aberta, pra longe de mim, e aquela vertigem a chamava, pra longe do caos, pra longe das drogas pesadas que eu não usava mas ela só aplicava na minha presença (tinha medo de uma overdose), pra longe das conversas sobre terrores noturnos, longe do calor, pra longe daquele sótão, pra longe, enfim, do sexo ao som de "the velvet underground & Nico", pra longe de muita coisa que, na boa, até hoje eu não sei se sinto falta, mas que me deixaram uma marca que arde.
E hoje a loucura se insinua de outras formas, e é sempre insinuante. E eu tenho consciência de algumas coisas sobre mim que não sabia há três anos, às vezes eu acho que o tempo também passa para o tempo e ele já não é tão sábio quanto antes, não tão sábio como quando Céline escrevia sobre ele, o tempo chega para todos, até para o tempo, mas sobre isso eu não sei muita coisa;
Como, na real, eu não sei sobre porra nem uma. Eu não sei, mas conheço. E conhecer já é um começo. É o primeiro passo para aceitar.
É o tempo passando. E eu aqui, olhando o mar...

There will Never Be Another You



É isso aí, Chet. Nunca haverá outro você.

terça-feira, 8 de novembro de 2011

O poder da canção


Por um instante, esqueci o ano em que vivia. Era como se nada mais existisse. Quando o show terminou, lembrei de algumas atitudes da banda que já conheço há 15 anos. Ou seja, desses vinte anos, estive presente em 15, vibrando a cada álbum lançado. A banda que deixou de fazer clipes pra MTv porque queria que as pessoas lembrassem da musica, não dos vídeos. Que parou de dar entrevistas porque Eddie queria que as pessoas escutassem Pearl Jam pela música, não porque o vocalista é bacana ou fala coisas legais. Que iniciou um mega processo contra o monopólio de uma empresa de venda de ingressos para shows que lesava seus fãs, e voltou a fazer shows com essa empresa porque isso estava afetando ela, a música. E toda essa fidelidade à canção acima de tudo rende frutos, como nessa noite de 06 de novembro de 2011, ao menos pra mim, mas tenho certeza que ela é renovada a cada show para milhares de pessoas. Porque ali naquele local, só a música importava. Ver o quanto aqueles caras ainda sentem prazer tocando, e a felicidade pura com as canções, uma após a outra, pessoas de olhos fechados apenas sentindo, outras tantas pulando, cantando, still alive, todas elas. Mais vivas do que nunca eu diria. Não é qualquer banda que tem um tamanho repertório, que não são reféns de alguns hits fáceis e inescapáveis, que fazem questão de ficar o maior tempo possível em cima do palco. Comparem com um show dos Stones: As “explosões” de energia movidas a tubos de oxigênio, deveras ensaiadas, os caras que nem se falam no palco, o tédio em tocar certas canções... não, isso é outra coisa. Esta banda que acabou de encantar 35 mil pessoas no Rio de Janeiro vai saber quando parar. E a sensação é que esse dia ainda está longe, longe. Até lá, continuarão abrindo os shows com musicas inesperadas, tocando “even flow” na metade da primeira parte do show pra lembrar o ano de 1991, chamando o público pra gritar em “Daughter”, e por aí vai. A felicidade é assim, fluída, cabendo em 2 horas e 40 minutos de puro rock’n’roll, sem gelo.

sábado, 5 de novembro de 2011

De "Sons of Anarchy"

"Todos nós causamos danos.
O que dita o caráter é como os consertamos".

Come Back (pearl jam)

Para alguém muito especial que não irá ver isso.





Se eu continuar a resistir,
A luz continuará a brilhar?
Sob este teto destruído,
É só chuva o que consigo sentir;
Eu tenho desejado por todos esses dias,
Volte.

Eu tenho planejado
Tudo aquilo que eu te diria;
Desde que você desapareceu
Saiba que eu permaneço verdadeiro.
Eu tenho desejado pelos dias.
Por favor me diga que se você não tivesse partido agora
Eu não te perderia de nenhuma outra maneira;
De onde quer que você esteja,
Volte.

E estes dias, eles persistem;
E à noite, eu tenho esperado
A real possibilidade de encontrá-la em meus sonhos e
Vou dormir.

Se eu não desmoronar,
Minha memória permanecerá clara?
Então, você teve que ir
E eu tive que permanecer aqui.
Mas a coisa mais estranha a notar é que
Tão distante e ainda assim te sinto tão próxima.
Eu não vou questionar isso de maneira alguma;
Deverá haver sempre uma porta aberta para você
Voltar.

E estes dias, eles persistem;
E à noite, eu tenho esperado
Uma possibilidade real de encontrá-la em meus sonhos
Às vezes você está lá e está falando comigo;
Chega a manhã e eu posso jurar que você está perto de mim.
E está tudo bem.

Eu estarei aqui, volte.
Eu estarei aqui.


(Vedder)

As canções que salvaram minha vida

Gracias.

A primeira vez em que ouvi “Ten”, (o primeiro disco do Pearl Jam), tinha 15 anos e ele não foi a primeira coisa que ouvi da banda. Quando ouvi falar na banda pela primeira vez (assistindo a um VHS da turnê de “nevermind”, do Nirvana) ela estava lançando “Yield”, um álbum incrível que, além de me transformar em fã do grupo, fez com que me interessasse por outras vertentes do rock, para além daquela coisa punk que marcou meu primeiro contato com o rock, e que era um pouco a do Nirvana, também. Mas o importante é que não é musicalmente que este nome (“pearl jam”) está inscrito na minha vida, do mesmo jeito como essa tatuagem marcada na minha pele. A primeira vez que ouvi “Alive”, chorei. Foi a primeira vez que isso aconteceu comigo. E se repetiria. Procurando pessoas para conseguir mais material da banda, enviando cartas por todo o Brasil e até fora (essa prática pré-histórica), conheci algumas pessoas que foram e são pra mim mais que amigas. Essas cartas foram fundamentais no que eu me tornaria depois. O nível de afeição, sinceridade, cumplicidade, carinho com esses estranhos familiares, o amor que cresceu em cantos inesperados, tudo isso me fez ver o que é mais fundamental numa amizade. Não tenho dúvidas de que esse meu jeito peculiar de me envolver com as pessoas hoje e valorizá-las é fruto disso. Nunca neguei que o rock estragou minha vida. Digo isso com uma dose de ironia, é lógico. Mas o fato é que a música me fez ter um apetite pela vida e conhecer coisas que estavam muito além do que eu esperaria. Coisas, lugares, pessoas e sentimentos. E o Pearl Jam tem a ver com essa história. Só resta agradecer. Muito obrigado.

quarta-feira, 2 de novembro de 2011

O verdadeiro final escuro da rua




Difícil vai ser não pensar em você todos os dias desta semana.
Porque assim estava combinado,
Seria neste dia, neste show, sob esta chuva.
Eu estaria lá com os tênis molhados
Tentando proteger dos pingos as cartas que faltavam lhe entregar;
Você em sua capa de chuva como se nada acontecesse.
Lentes cor-de-rosa e sonhos em cores.
Pensaríamos as mesmas coisas ao mesmo tempo
Mas não perderíamos tempo com isso.

Assim estava combinado. Seria neste show.
Pois seria ali aquele abraço,
Durante aquela música que sei que é a sua música.
Como Tom Waits,
Eu te contaria todos os meus segredos,
Mas mentiria sobre meu passado, pra te fazer sorrir.
Eu não sei se conseguiria, mas tentar é o mínimo que poderia fazer;
Diante de todas as madrugadas
Que fui salvo de um afogamento mais que certeiro.

E se eles tocassem “thumbing my way”,
Aí eu tomaria sua mão e diria “essa é pra você”;
Sorriríamos com orgulho e desfaçatez
Desta delicada comédia,
Eu e você, calados e rindo por dentro de tudo ao redor
Como se fossemos dois velhos cúmplices
Que acabaram de se conhecer.

terça-feira, 1 de novembro de 2011

Deixa eu bagunçar você

Durmo na esperança de sonhar contigo Acordo somente pro desejo de te encontrar Menos que obsessivo, meu amor por você é abrigo ...