Algumas vezes eu encontro uma paz que é absurda. E não é uma paz construída, buscada, que vem surgindo aos poucos com o correr das horas. É uma paz que explode, transborda, não acalma - fere. E, na verdade, é ela que me encontra, como os olhos de uma mulher a me encarar. Ela recusa bebidas e musicas e companhias, deseja apenas cigarros e silêncio, vazio. Às vezes quase sinto ela arrebentando meu peito como uma bomba. Ela se assemelha a uma pequena certeza de que tudo que havia pra acontecer já passou, que não há mais nada para esperar e que não há motivos nem pra ansiedade nem pra vontade. Ela é como uma mãe velha que diz "é assim mesmo". Eu só conheço essa paz, dos desesperados. E ela é violenta, maligna. Só que eu, que caminho chutando poças d'água quando estou triste, que me arrepio com seu toque, que não sei dedilhar nenhuma bela melodia no violão, eu, preferiria, a esta paz, a insanidade em tua cama.
domingo, 8 de maio de 2011
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Um comentário:
eu, preferiria, a esta paz, a insanidade em tua cama...
que frase perfeita
ai me deu uma vontade fumar um cigarro
bjo bjo
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