quinta-feira, 20 de junho de 2013

Violência, não!

Pichei seu nome num muro
Junto com um pedaço de uma canção.
Escrevi certo por linhas tortas
E você não pareceu me dar atenção.

Deixei meu recado ali,
Torcendo para que ele fosse visto por toda uma multidão
Em meio a cartazes, gritos e placas, ele se destacava;
Uma representação pálida,
Uma tentativa fugídia de liberar um grito
Repreendido no fundo de meu peito, perdido
Nos irritantes erros que cometi em nome desta paixão.

Nada disso me incomodava enquanto,
De lata de spray em punho,
Inscrevia nas artérias da cidade que meu amor tinha nome.
Algumas letras que me cortavam o peito, arruinavam meu sono
e injetavam de sangue meus olhos.
A unica coisa que não consegui entender foi por que,
Vendo-me pichar no muro teu santo nome em vão,
Barulhentos transeuntes gritavam sem pudor:
"Violência, não".

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