domingo, 4 de agosto de 2013
"Vai, livro natimudo,
E diz a ela,
Que um dia me cantou essa canção de Lawes:
Houvesse em nós
Mais canção, menos temas,
Então se acabariam minhas penas,
Meus defeitos sanados em poemas
Para fazê-la eterna em minha voz.
Diz a ela que espalha
Tais tesouros no ar,
Sem querer nada mais além de dar
Vida ao momento
Que eu lhes ordenaria: vivam,
Quais rosas, no âmbar mágico, a compor,
Rubribordadas de ouro, só
Uma substância e cor
Desafiando o tempo.
Diz a ela que vai
Com a canção nos lábios
Mas não canta a canção e ignora
Quem a fez, que talvez uma outra boca
Tão bela quanto a dela
Em novas eras há de ter aos pés
Os que a adoram agora,
Quando os nossos dois pós
Com o de Waller se deponham, mudos,
No olvido que refina a todos nós,
Até que a mutação apague tudo
Salvo a beleza, a sós."
(ENVOI, Ezra Pound).
Na foto: Keyra Knighley, em ensaio para Vogue)
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Deixa eu bagunçar você
Durmo na esperança de sonhar contigo Acordo somente pro desejo de te encontrar Menos que obsessivo, meu amor por você é abrigo ...
-
"A Wind Beaten Tree", Van Gogh. Os finais dos dias são todos parecidos, possuem o mesmo desfecho de um jeito ou de outro, ...
-
Deixe-os todos lá fora hoje Deixe-os rir, tudo bem. Eles pensarão que você se esconde Agora não é hora de brincar Você perdeu algo ...
Nenhum comentário:
Postar um comentário