"O Amor jamais a si quer contentar,
Não tem nenhum cuidado com o que é seu;
Pelo outro irá se sacrificar,
E, no desespero do inferno, ergue um céu"
Esse era o canto de um torrão de terra,
Pisado pelas patas da boiada;
Mas um Seixo, nas águas do regato,
Modulava essa métrica adequada:
"O Amor só a si quer contentar,
Atar alguém ao próprio gozo eterno;
Alegra-se quando o outro perde o bem-estar,
E, a despeito do céu, ergue um inferno."
- William Blake (trad. Paulo Vizioli)
domingo, 23 de maio de 2010
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