quinta-feira, 2 de maio de 2013

Das Folhas que, no Outono, Caem e Morrem


Quero-te por perto e ver de perto seu sorriso
Quero que perdoe minha esquisitice
E até os surtos de lucidez que não me fazem bem.
Mas não te quero mansa
E isso é constante
Quero-te puta comigo, mas não sei como te irritar

Ontem, eu vi uma mulher que poderia ser você
Usando um lenço no pescoço que poderia ser o seu e
Um perfume que, bem,
Jamais teria seu cheiro.

É outono, e eu não quero que algo tão bonito
Morra como as folhas que estão caindo
Mas, se folhas que morrem enfeitam ruas
Que assim seja.
Existem trevas o suficiente em meu coração
Para serem iluminadas pela lembrança
De seu sorriso.
É outono e logo será inverno:
É quando eu costumo despertar.

Quero que perdoe esse desabafo e
Essa ânsia
Quero-te de volta
Mais do que já desejei qualquer outra coisa.
Mas, se você for outonal,
Eu estou preparado para sua ausência.
Convidei meus melhores fantasmas para o jantar.

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