Por Roberto Vieira
Os três maiores cronistas do futebol brasileiro.
Agora batem bola na eternidade.
Primeiro se foi nosso Friedenreich:
Mário Filho.
Palavras e toques exatos, milimétricos.
Inventor do futebol fora das quatro linhas.
Depois partiu seu irmão, Nelson Rodrigues.
Garrincha de frases cortantes e desconcertantes.
Sempre driblando pela direita.
Até que a realidade mostrou-se surda.
Hoje se foi Armando Nogueira.
O menino de Xapuri.
Terra da borracha, da riqueza e da miséria.
Terra onde o menino corria atrás de uma bola.
Nos campinhos na beira do rio.
Armando que foi a síntese da poesia no futebol.
Armando que se deslumbrou com Heleno de Freitas.
Armando que fazia da pauta, latifúndio.
Armando que tal e qual Nilton era muitos sendo um só.
O futebol é jogado com os pés e feito de gols.
Mas se o futebol tem alma.
A alma do futebol está na sua poesia.
Poesia que brota das letras de quem ama o futebol-sonho.
Hoje a poesia do futebol está em silêncio.
E vai permanecer assim por algum tempo.
Pegando carona no também lendário Drummond.
Difícil não é escrever mil poesias como o Armando.
Difícil é escrever uma só poesia como Mestre Armando Nogueira.
Um comentário:
ro arranja um tempo pra assistir Modigliani.... muito bom!!!!
ps: impossível digitar esse código de segurança com esse teclado, rsrs
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