segunda-feira, 14 de junho de 2010

O Vinho do Solitário

O olhar sofisticado de uma mulher sensual
Que deliza para nós como um raio franco
Que a lua ondulosa envia ao lago branco
Quando nele ela banha sua beleza sem igual;

A ultima ficha entre os dedos de um jogador;
Um beijo libertino da magra Adelina;
Os sons de uma musica doce e felina,
Parecidos com o humano grito distante da dor;

Tudo isso não vale, ó garrafa profunda,
Os bálsamos penetrantes que tua pança fecunda
Guarda no coração alterado dos poetas feridos;

Tu lhes dá esperança, vida e infância,
E o orgulho, esse tesouro d mendicância,
Que nos torna vitoriosos e com deuses parecidos!

- Charles Baudelaire.

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