sábado, 26 de junho de 2010

Solitude

A Solidão é uma dama que cortejo mas que sempre escapa de mim em algum momento. Nunca sei ao certo o que fazer para que ela se entregue, que fique comigo e para que aproveitemos juntos momentos de rara satisfação. Se lhe faço convites, recusa. Se lhe proponho fugas, se esconde. Mas ainda consigo tê-la em meus braços. Nesses instantes, todo o resto vale a pena, toda essa triste vida. Solitário no sofá de minha casa, termino com uma garrafa de vinho desfrutando a liberdade que só encontro na companhia da solidão. Há quanto tempo não fazia isso! No entanto, essa Lady também tem seus caprichos. O que são essas noites frias de lua cheia? O que elas são capazes de fazer comigo? Chego a pensar que a Solidão, por si só, não é suficiente para aproveitá-la. É preciso algo mais. talvez alguém mais. É um convite. Venha e façamos uma menage, eu você e a Solidão.

Um comentário:

Thalita Covre disse...

Curti este texto.
Houve um tipo de identificação imediata, quem sabe.
A leitura tranquila e a sensação de desespero nas entrelinhas.

Saudades da solidão deste que escreve por aí.

Deixa eu bagunçar você

Durmo na esperança de sonhar contigo Acordo somente pro desejo de te encontrar Menos que obsessivo, meu amor por você é abrigo ...