segunda-feira, 18 de fevereiro de 2013

Mudanças (III)

Que ninguém me tome pela minha sombra. Nem olhe em meus olhos pensando estar vendo meu coração. Não especule sobre minha mente antes de conhecer minhas entranhas. Não se espante se meu corpo quente guardar uma alma gelada, e nem se descobrir que a unica lágrima que eu derramar for de raiva. Tanta vida e tão pouco corpo, tão pouco tempo, tão poucas escolhas. O sangue pulsa, o tempo absorve, as lágrimas secam e a vida... a vida se nutre disso tudo, se expandindo e se contraindo sem esperar que eu a entenda ou me prepare. Mas, não é assim com todo mundo? Milagres acontecem. Mas não se pode contar com eles. A vida é uma guerra e minha mente o primeiro campo de batalha. E eu, tão avesso a combates, tive que aprender a lidar com exércitos levantando cerco contra a fortaleza em que transformei meu coração. Tudo, eu disse, tudo em vão. E agora, me forço a um recuo estratégico, para reagrupar minhas tropas e preparar minha ofensiva. Noites de amor, dias de guerra.

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