"O Sono da Razão Produz Monstros" - Goya.
As trevas que preenchem minha mente guarda faces ou vozes que eu não quero ver, e eu sei que eu não posso ficar a sós com elas. E é por isso que todas as noites busco um alívio para esse espírito torturado, para estes suplícios auto-inflingidos e para a redenção deste corpo condenado no tribunal da memória. O bálsamo que tem me servido de consolo para as trágicas horas noturnas, entretanto, também faz despertar o que há muito havia adormecido. Ele alivia as dores do corpo abre frestas nos umbrais da Razão, assim permitindo que os monstros entrem. Não me sinto triste, mas sei também que ficar na triste não seria o pior que poderia me acontecer quando em minha cabeça fica apenas a imagem de pregos, cruzes e um saco de moedas.
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