sábado, 5 de novembro de 2011

As canções que salvaram minha vida

Gracias.

A primeira vez em que ouvi “Ten”, (o primeiro disco do Pearl Jam), tinha 15 anos e ele não foi a primeira coisa que ouvi da banda. Quando ouvi falar na banda pela primeira vez (assistindo a um VHS da turnê de “nevermind”, do Nirvana) ela estava lançando “Yield”, um álbum incrível que, além de me transformar em fã do grupo, fez com que me interessasse por outras vertentes do rock, para além daquela coisa punk que marcou meu primeiro contato com o rock, e que era um pouco a do Nirvana, também. Mas o importante é que não é musicalmente que este nome (“pearl jam”) está inscrito na minha vida, do mesmo jeito como essa tatuagem marcada na minha pele. A primeira vez que ouvi “Alive”, chorei. Foi a primeira vez que isso aconteceu comigo. E se repetiria. Procurando pessoas para conseguir mais material da banda, enviando cartas por todo o Brasil e até fora (essa prática pré-histórica), conheci algumas pessoas que foram e são pra mim mais que amigas. Essas cartas foram fundamentais no que eu me tornaria depois. O nível de afeição, sinceridade, cumplicidade, carinho com esses estranhos familiares, o amor que cresceu em cantos inesperados, tudo isso me fez ver o que é mais fundamental numa amizade. Não tenho dúvidas de que esse meu jeito peculiar de me envolver com as pessoas hoje e valorizá-las é fruto disso. Nunca neguei que o rock estragou minha vida. Digo isso com uma dose de ironia, é lógico. Mas o fato é que a música me fez ter um apetite pela vida e conhecer coisas que estavam muito além do que eu esperaria. Coisas, lugares, pessoas e sentimentos. E o Pearl Jam tem a ver com essa história. Só resta agradecer. Muito obrigado.

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