Gracias.
A
primeira vez em que ouvi “Ten”, (o primeiro disco do Pearl Jam), tinha 15 anos
e ele não foi a primeira coisa que ouvi da banda. Quando ouvi falar na banda
pela primeira vez (assistindo a um VHS da turnê de “nevermind”, do Nirvana) ela
estava lançando “Yield”, um álbum incrível que, além de me transformar em fã do
grupo, fez com que me interessasse por outras vertentes do rock, para além
daquela coisa punk que marcou meu primeiro contato com o rock, e que era um
pouco a do Nirvana, também. Mas o importante é que não é musicalmente que este
nome (“pearl jam”) está inscrito na minha vida, do mesmo jeito como essa
tatuagem marcada na minha pele. A primeira vez que ouvi “Alive”, chorei. Foi a
primeira vez que isso aconteceu comigo. E se repetiria. Procurando pessoas para
conseguir mais material da banda, enviando cartas por todo o Brasil e até fora
(essa prática pré-histórica), conheci algumas pessoas que foram e são pra mim
mais que amigas. Essas cartas foram fundamentais no que eu me tornaria depois.
O nível de afeição, sinceridade, cumplicidade, carinho com esses estranhos
familiares, o amor que cresceu em cantos inesperados, tudo isso me fez ver o
que é mais fundamental numa amizade. Não tenho dúvidas de que esse meu jeito
peculiar de me envolver com as pessoas hoje e valorizá-las é fruto disso. Nunca
neguei que o rock estragou minha vida. Digo isso com uma dose de ironia, é
lógico. Mas o fato é que a música me fez ter um apetite pela vida e conhecer
coisas que estavam muito além do que eu esperaria. Coisas, lugares, pessoas e
sentimentos. E o Pearl Jam tem a ver com essa história. Só resta agradecer.
Muito obrigado.
Nenhum comentário:
Postar um comentário