domingo, 8 de julho de 2012




Calmo e distante. Não fui eu que pedi por esse ar indiferente e magoado. Eu, que nem sempre demonstro exatamente o que se passa. É a suavidade do ar quando a noite chega, uma borboleta voa trêmula sobre meu ombro, e eu calmo, calmo e distante, com a mente em lírios, violetas, o ou que quer que sejam estas pétalas que povoam meu pensamento. O Nada possui essa virtude peculiar de me trazer de volta, e quando você me vir assim, distante, saiba que estou centrado em mim como a árvore que produz o próprio alimento (ou talvez um cachorro atrás do próprio rabo); o Nada me protege e me afasta. As ondas do mar soam distantes agora, um fantasma melancólico assovia uma canção, não há mais tumultos ou pessoas: mesmo no epicentro do furacão, estou calmo e distante. Eis o que sou, um caos calmo.

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