VII (Pina)
A dança como uma obsessão
Os movimentos são poesia para o olhar
E um desafio para as palavras
Que, não servindo para medir, descrever ou narrar,
Contentam-se com a medíocre tarefa de exaltar,
Elogiar o encanto dos corpos.
Mas o olho com a Câmera vai além
Propõe um casamento nunca tentado
Entre a paixão e os fotogramas,
Entre os sonâmbulos no palco e os sonhadores ante a tela.
Eu apenas observo,
E por um instante imagino estar encarando nos olhos
A mulher que criava tempestades.
Apenas uma ilusão,
Com qualquer casamento,
Como qualquer paixão.
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