terça-feira, 9 de abril de 2013

Indomado















Foto: Pierre Jouson.



Tudo aquilo considerado
Fundamental, justo e comedido
Tudo,
Deverá ser descartado
quando da colheita dos frutos
de nossos encontros
clandestinos na seara dos amores brutos,
do coquetel explosivo de nossos beijos.

No limite estafado da noite;
Na cumplicidade melancólica que a madrugada inspira;
No sorriso derramado pelos primeiros raios de sol;
Na Razão desfigurada a golpes da navalha
por promessas febris
da sensibilidade apaixonada;
No meio de tudo isso que não passa de
sentimentalismo barato, poesia suja,
Minha certeza de que você há de ser minha.
Ainda que não saibas, ainda que não possas.

Desejo, Desejo, minha doença.


Um comentário:

Jorge Leandro Carneiro disse...

Madrugada, desejo, melancolia... tudo isso disposto em boa poesia, me soa especialmente familiar.

Deixa eu bagunçar você

Durmo na esperança de sonhar contigo Acordo somente pro desejo de te encontrar Menos que obsessivo, meu amor por você é abrigo ...