Nem um só mapa registra
A rua dos dois adormecidos.
Nós perdemos sua pista.
Jazem como se submersos
Em imutável luz azul,
Aberta, a porta de vidros
Com laços de fita amarela.
Por esta fresta penetra
Odores de terra úmida.
A lesma deixa um rastro prata:
Negras sebes cercam a casa.
Então olhamos para trás.
Morte feito pétalas lívidas
Entre folhas de formas tesas
Eles dormem, boca a boca.
Uma névoa branca esvoaça.
Suspiram narinas mínimas,
E eles reviram em seu sono.
Longe daquele leito ameno
Somos um sonho que eles sonham.
Suas pálpebras retêm sombras.
Nada vai lhes acontecer.
Trocamos a pele e nos movemos
Dentro de um outro tempo.
(Sylvia Plath)
quarta-feira, 3 de abril de 2013
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